A médica Isadora Milhomem, de 30 anos, sofreu queimaduras de segundo grau no rosto após realizar um peeling químico para tratar cicatrizes de acne. O procedimento resultou em complicações severas, e agora ela precisará usar uma máscara de compressão 24 horas por dia pelos próximos seis meses.
O caso ganhou grande repercussão depois que Isadora compartilhou sua experiência nas redes sociais. Confira o relato neste link.
Durante o relato, a médica afirma: “Eu sei que tratamentos para cicatrizes de acne costumam ter resultados a longo prazo, mas fui seduzida pela promessa de um efeito imediato”.
O peeling AtaCroton, ao qual Isadora se submeteu, é um tratamento dermatológico agressivo, indicado para rugas profundas, cicatrizes e hiperpigmentação. O procedimento foi realizado no dia 14 de novembro de 2024, por uma dentista em Goiânia (GO), na qual Isadora optou por não divulgar o nome da responsável pela aplicação.
A médica conheceu a profissional pelo Instagram, onde eram divulgadas imagens de “antes e depois” que prometiam resultados impressionantes.”No perfil dela existiam diversos antes e depois de pessoas com muitas cicatrizes de acne e depois com a pele lisa. Eu olhava aquilo ali e falava ‘nossa, se esse rosto que era tão pior do que o meu em termos de cicatrizes, ficou assim, imagina o meu’. Hoje vejo que esses resultados eram falsos”, afirmou.
Logo após o procedimento, a médica experimentou o chamado “efeito Cinderela”, no qual a pele parecia lisa e sem marcas. No entanto, a partir de 22 de dezembro, começaram a surgir cicatrizes novas, áreas elevadas e vermelhas na pele, além de perfurações que não existiam antes.
Além do impacto estético, Isadora passou a sentir coceira intensa, ardência e dores fortes no rosto. O tratamento envolve o uso contínuo da máscara compressiva, aplicação de pomadas e cuidados rigorosos com a pele.

Engano nas redes sociais
A dentista que realizou o procedimento chegou a divulgar o antes e depois de Isadora no Instagram, mas segundo a médica, as imagens não refletiam a realidade.
A foto de “antes” teria sido tirada logo após uma sessão de microagulhamento, quando a pele estava mais inflamada, dando a impressão de um quadro pior. Já a foto de “depois” foi registrada após a queda da máscara oclusiva, num momento em que os efeitos adversos ainda não haviam surgido.
Após a repercussão, a dentista desativou seu perfil na rede social.
Desabafo e repercussão
Diante da gravidade do quadro, Isadora buscou ajuda com diversos especialistas, mas relatou ter encontrado dificuldades para um tratamento adequado.
“Meu primeiro vídeo foi um pedido de socorro. Eu estava desesperada. Fui em vários médicos e ninguém sabia exatamente como tratar, me encaminhavam para outro profissional”, relatou.
A história da médica já acumula mais de seis milhões de visualizações nas redes sociais, chamando a atenção para os riscos desse tipo de tratamento estético.